StanceBoss day – Part 2

     Se leram o artigo da semana passada, já sabiam o que aí vinha. E depois de verem as primeiras fotos, já perceberam que nos mantivemos na Alemanha no que diz respeito ao país de fabrico do automóvel aqui retratado. Não é o primeiro Golf, nem sequer o primeiro Golf V (5ª geração) mas é um deleite olhar para este projecto, quer pela sua simplicidade, quer pelos detalhes e opções de escolha nas modificações. E há mais, pois até a história deste modelo é interessante de partilhar e isso faz logo toda a diferença na hora de escrever um texto sobre o automóvel (ou mota) que partilhamos num nosso artigo.

O carro, a vista... excelente tarde!

      No artigo da semana passada ficamos sentados à mesa no Dany’s onde a família StanceBoss se reúne e, acreditamos nós, discutem muitas das novas ideias e alterações que fazem nos seus projectos. E se a manhã foi a bordo de um projecto crú, carregado de adrenalina ao volante e com uma estética abusada e chamativa, a tarde foi mais tranquila no que concerne às viagens e ao estilo, mas igualmente interessante dado que se há algo que gostamos num projecto são as alterações feitas de forma a manter a originalidade do modelo com toques de agressividade e desportividade e claro, personalidade do seu dono. E personalidade não falta a este Golf, quinto na geração Golf e igualmente importante no sucesso de vendas do modelo mais bem sucedido da marca alemã.

    Como referimos no anterior parágrafo, o Golf mk5 (V) tornou-se fatia importante do sucesso do modelo no seio da Volkswagen. Surgiu em 2003 no Salão de Frankfurt (mais ou menos por esta altura do ano em que nos encontramos) e desde logo provocou bastante animação nos clientes da marca, ao verem o seu adorado pequeno familiar crescer nas quotas de habitabilidade, motores mais económicos e um sem número de variantes, opções e extras. Mas mais importante que isso, abria-se um novo capítulo na longa história do modelo Golf. Durante os 6 anos de comercialização desta quinta geração os clientes da marca assistiram a alguns ajustes quer nos motores, quer na estética mas nunca se perdeu a essência do Golf.

    Mas, honestamente, falar de um modelo que já passou por aqui pode tornar-se repetitivo facilmente e como tal, sigamos em frente e quando dizemos em frente, referimo-nos a este projecto e não à sexta geração do Golf. Depois do almoço sentamo-nos a bordo deste Golf (e não, não nos vamos referir a este automóvel no feminino por ser um comercial). Fomos até à casa de um dos membros do grupo para realizar as fotos que aqui vão vendo e no caminho conhecemos a história deste Golf. Inicialmente era o carro do seu pai mas mais tarde acabou por passar para o Joel. E sublinhamos aqui que este Golf é, ainda hoje, usado como carro de trabalho, diariamente.

      E funciona? Um projecto que vai aos melhores eventos do país, ser utilizado como carro de trabalho? O Joel confirma que sim. Aliás, basta ver (ok, isso implica um scroll page down até às fotos do interior) o espaço de carga que este Golf tem, em caso de necessidade. Mas ao interior iremos, mais à frente. E é na frente que começamos a ver este Golf ao vê-lo parado com uma vista deslumbrante por trás dele. O estilo minimalista do exterior está patente em todos os ângulos e neste, não é excepção. A utilização do OEM+ neste Golf é óbvia, com o look R32 a ser o escolhido. A grelha frontal ao centro foi pintada no mesmo tom da restante carroçaria ao invés do tradicional cromado do R32 e na base do parachoques temos um lip da Maxton Design que acentua a desportividade conseguida também com as ópticas xénon originais.

     Na lateral, continuamos a premissa do estilo simplista OEM. As embaladeiras do R32 baixam o perfil deste Golf mas são as jantes a estrela da companhia. O único set em Portugal comprado na Z Performance Portugal colocado num projecto. As lindíssimas ZP2.1 num bonito tom bronze com medidas simpáticas (19 polegadas de diâmetro, 8,5 de largura) envoltas em borracha de medida 215/35, para aquele ligeiro stretch que tanto gostamos de ver. Mas por trás destas jantes de cortar a respiração, temos uma travagem também impressionante. Bem mais impressionante vê-la neste Golf que no seu “dador” original, um Porsche Cayenne – 350mm com 6 pistons na frente, 345mm com 4 pistons atrás; e acreditem, este Golf trava mesmo muito bem.

    E antes de chegarmos à traseira, temos de frisar o rolar deste Golf. Podemos não ter andado muitos quilómetros, mas temos de partilhar que este Golf tem um pisar tranquilo, confortável e quase não notamos estarmos a bordo de um carro com suspensão (bem) alterada. Trata-se de suspensão a ar Air Lift Performance 3p, que gere o conforto e dinâmica deste Golf surpreendentemente. Percebemos que não se trata da suspensão original quando, por exemplo, pisamos uma tampa de esgoto ou pequenas lombas na estrada mas é dos mais confortáveis em que viajamos com esta tipologia de suspensão. Por aqui percebemos que este tipo de alterações acabam por ser úteis e até confortáveis.

     Voltemos à estética e passemos à traseira. Aqui a estética segue o restante padrão, simplicidade. O kit R32 é definido por um lip com um pequeno rebordo junto ao difusor e que incluí os reflectores. A par deste lip e do difusor, temos a ponteira dupla que ao invés do R32, neste Golf está à esquerda e é mais pequena que a do R32. Mas relembramos que este projecto é todo sobre simplicidade e OEM+, mas sempre sem ultrapassar a ideia de que se trata de um Golf a gasóleo, pelo que na traseira essa diferenciação é bem mais patente! E é neste ângulo que também reparamos melhor na tonalidade dos vidros, que foram escurecidos para aquele look mais desportivo.

      Paramos uns minutos para a hidratação necessária num dia quente e em que andamos literalmente a correr para conseguir ter tudo pronto antes do comboio arrancar de Campanhã pelas 17h. E o que é facto é que quando estamos entretidos e distraídos a fazer o que gostamos, o tempo passa verdadeiramente a correr. E não podemos deixar cair em esquecimento o bem que nos receberam no seio deste grupo de amigos, de família. Achamos que devemos voltar a frisar este detalhe, dado que cada vez mais notamos um certo afastamento dos nossos seguidores daquilo que fazemos e entregamos. Recordem-se que mais do que um hobby com custos, a fotografia é também conhecer pessoas, estreitar laços e enriquecer a nossa cultura.

Um dos nossos parceiros também «patrocina» este projecto.

     Mas deixemo-nos de filosofias e passemos ao interior. Por aqui a temática exterior prolonga-se com o aspecto OEM a ser mais uma vez respeitado. Aqui temos os bancos do Audi TT RS alterados com pele preta e detalhados para este Golf. O centro em alcântara com pesponto em formato de diamante juntamente com o forro do tejadilho em preto dá um toque de requinte e desportivismo e ao espreitarmos por cima das baquets vemos a rollcage pintada no mesmo tom da cor exterior e logo abaixo, o reservatório do ar comprimido da suspensão com o logo da StanceBoss. Ainda no olhar do condutor temos o volante do Golf 7R alterado e adaptado às necessidades deste projecto e a moca da manete de velocidades do Golf 7 GTi. O centro multimédia está a cargo do rádio android perfeitamente integrado no cockpit deste Volkswagen e por fim, os pedais em alumínio do Golf V R32.

      Já com o tempo a escassear fomos para a estrada a bordo do MB CLK cabrio do Fábio Monteiro (dono do Peugeot 208 que fotografamos junto ao evento Drop’pt) para as tão importantes fotos em andamento. Apesar do tempo curto, conseguimos alguns bons registos e pudemos ver a forma como ambos os projectos que fotografámos neste dia rolam. Um com suspensão a ar, o outro estático mas ambos com um cenário impressionante e a circularem com uma altura ao solo muito curta, o que ajuda no momento da fotografia. Despedidas feitas, era altura de queimar quilómetros até ao Porto onde o Alfa Pendular das 17h nos «aguardava» para rumarmos à capital. O dia literalmente fugiu-nos pelos dedos mas a excitação estava longe de acabar e a emoção foi tanta que aproveitámos o «embalo» do dia para começar a editar as fotos ainda na viagem.

      Não podemos terminar este artigo sem voltar a frisar a importância que para nós têm os nossos clientes que rapidamente se tornam amigos. A forma como o automóvel (ou mota, ou jipe) une pessoas em torno dele(a) próprio(a) é muito interessante e é uma excelente maneira de ocuparmos o tempo e claro, uma verdadeira inspiração para escrevermos estes parágrafos. Resta agradecer à crew StanceBoss pelo excelente dia e dizermos que já está em cima da mesa o nosso regresso, com uma ideia que está a crescer e que, a concretizar, deverá mostrar-se muito interessante! Vão estando atentos, vai valer a pena.