YES!! Estamos na secção dos artigos especiais e que saudades tínhamos de fazer algo diferente, out of the box. Enquanto outras ideias fervilham nas nossas mentes, para vos trazer conteúdo interessante e único, aceitámos prontamente o convite do nosso mais recente parceiro NineOne Clothing em fazer algo que mostrasse uma das suas novas t-shirts de forma a podermos fazer o lançamento da mesma. Como já perceberam por estas primeiras fotos, temos dois ícones connosco para mostrar a edição limitada desta t-shirt, que invoca o espírito da famosa sigla GTI. E se falamos de Volkswagens e em especial de VW Golfs, temos de ter a presença da Type Talks, cujos podcast online na plataforma do Youtube tem tido cada vez mais audiência (podem ver aqui um live onde um de nós participou). Agora chegamos à fase de vocês perguntarem «mas agora estes gajos fazem fotografia de moda?». Íamos colocar aqui um smile a rir, mas não queremos perder a postura mais séria (ou não) do nosso artigo. Mas continuem a ler…
Em primeiro lugar, temos de agradecer desde já à NineOne ter aceite a parceria que estabelecemos com eles. Marcas portuguesas a produzir em Portugal merecem sempre o nosso apoio e consideração e se esses produtos são car/bike related, nós estamos dentro. À semelhança de outras parcerias que estabelecemos com outras marcas e empresas, é com a utilização de um código que podem, qualquer um dos nossos seguidores e leitores, adquirir produtos no site da marca com 10% de desconto, bastando na caixa de saída introduzir o código «AWP». Simples, rápido, eficaz e ajudam não só a nossa base de dados e de potenciais clientes a crescer como também a uma empresa portuguesa a conseguir aumentar o seu posicionamento no mercado nacional e quiçá, internacional.
A NineOne nasceu nos Açores e do vício que o Júlio (CEO, digamos, da marca) tem por automóveis. E é aqui que nos identificamos logo. Desde criança, Júlio cresceu a nomear e a viver a experiência automobilística. Os jogos de computador, os HotWheels, os desenhos nos cadernos da escola apenas aumentaram a vontade de ter um carro assim que atingisse a maioridade. Fã acérrimo de carros franceses (e com dois exemplares espetaculares na garagem – Um Renault 5 GTTurbo e um Clio Williams), Júlio não se fica pelo gosto automobilístico tipicamente baguetiano (inserir um LOL aqui). Como qualquer petrolhead, tem um soft spot por uma marca mas visão aberta para outros ícones, sejam eles de que marca e nacionalidade forem. Basta ver os produtos na sua loja online, no site que colocámos no parágrafo anterior para perceberem que há (e haverá) de tudo um pouco.
A NineOne evoluiu e nem sempre teve este nome. Com mais de uma década de organização e pensamento, a experiência de design das peças que vemos no site começou com o Tuning Virtual, uma verdadeira febre que começou mais ou menos em 2006 nos sites da altura como o Digimods e em Portugal, no TOL (tuning.online.pt) cujo dono e gestor do site já passou com o seu Audi TT pelas nossas lentes. A prática no Photoshop para alterar visualmente fotografias de automóveis deu a experiência necessária para depois começar a «brincar» como decorações rally e em jogos de simulação, por exemplo. Em 2015 a ideia tomou proporções mais sérias e o hobby passou a ser algo mais que isso, sendo o início oficial da marca NineOne, com um reset às ideias anteriores e à construção do zero de algo que pudesse ser rentável ou pelo menos, que ajudasse a pagar despesas familiares. Inicialmente a ideia do Júlio era uma loja de peças de performance online e começou por chamar-se CJ Motorworks, evoluindo depois para NineOne Motorworks. Esta ideia inicial nunca saiu do papel por motivos profissionais, sendo necessário esperar até meados de 2018, numa pausa entre empregos, para que o Júlio se dedicasse a 100% a tudo o que podem ver no site, surgindo então a NineOne (perdeu o Motorworks fruto da orientação de produtos, vocacionado para o merchandising) e que sela num só nome o ano de nascimento do criador e a paixão pelos desportivos da década de 90.
Com a NineOne Clothing apresentada, continuamos a mostrar-vos as fotos destes dois exemplares. Sendo a edição limitada desta t-shirt focada unicamente na sigla GTI da VW e no padrão axadrezado único e inimitável dos bancos dos modelos desportivos da marca alemã, tínhamos de juntar uns carros que fizessem sentido. Optámos por ter a primeira geração do GTI e a sétima (e meia), dado que a oitava geração ainda não nos caiu bem no gosto (deve ser daqueles exemplos do primeiro estranha-se, depois entranha-se mas como ainda não estamos na segunda parte do provérbio…), optámos por estes dois exemplares. Depois de termos escolhido os modelos, era altura de escolher as cores. Sendo que as fotografias iam ser tiradas à tarde e com sol intenso, a ideia era escolher cores neutras mas com t-shirts pretas e vermelhas, tinha de existir um carro vermelho. E sim, é mais fácil encontrar um GTI «moderno» vermelho que um clássico e assim surgiu esta dupla vermelha e branca (sem qualquer referência a clubes de futebol, sff!).
O MK1, pertencente ao Bruno Pinto, marcou o passo para o futuro, desde que surgiu ainda nos anos 70. Motor dianteiro, tracção dianteira, tamanho compacto e potência interessante para o peso tornaram-se ingredientes para a receita que tem vindo a ser aperfeiçoada desde então. Um verdadeiro pocketrocket tem essas premissas e com a tecnologia a tomar conta de cada modelo que é lançado, os números quer de potência, quer dinâmicos têm sido usados como «arma» de combate entre as várias marcas, adotando siglas de nomenclatura desportiva para assinarem os modelos mais interessantes do ponto de vista de prestações. Na Volkswagen as três letras GTI são sinónimo de potência, dimensões compactas e de uma história que começa então com este exemplar de cor branca, sem modificações e ainda com a pintura original, mantido desde o momento em que saiu de fábrica.
O Bruno, desde que o adquiriu, tem investido na recuperação de peças mecânicas e estéticas de forma a preservar a sua originalidade. Mas este GTI não se nega a nada. Serra, passeios longos ou investidas na cidade, este pequeno desportivo prova que os GTI foram feitos para poderem oferecer boas prestações mas também um lado prático quer em termos familiares quer em utilização diária, mostrando uma certa economia quando a racionalidade manda ter juízo com o pé direito. O «nosso» Golf MK1 encontra-se dotado de um motor 1.8 atmosférico de 112 cv o que aliado ao baixo peso, transforma este pequeno Volkswagen numa arma capaz de trepar por estradas de serra como se tratasse de um cavalo de corrida. Mais do que isso, ostenta com orgulho a história de uma sigla que continua a ser uma verdadeira saga histórica que move milhares de fãs por todo o mundo.
Em contraste com o aspecto mais simples, despido de tecnologia do MK1, o MK7,5 que aqui temos (na versão Performance), do Romeu Carvalho, é um exemplo de evolução não só tecnologicamente falando, como também do ponto de vista do motor e claro, potência. Mas nem vamos comparar os dois, dado que os separam praticamente 40 anos, mas a receita do MK1 é a mesma que neste «novo» modelo (sim, não é já mesmo o último mas perceberam a ideia): motor e tracção frontal, motor potente, dimensões compactas e capacidade para levar a família e as malas de viagem numa voltinha rápida e bem interessante por estradas de serra. Os 245 cavalos gerados pelo motor de 2 litros turbo são mais que suficientes para atirar um sorriso para a cara de quem o conduz e de fazer os troços de estrada sinuosa desaparecerem rapidamente por baixo do capot. A aderência é fantástica e mesmo sendo um tracção frontal, a forma como coloca todos os cavalos de potência no chão é fantástica e transmite uma sensação de confiança que se torna até «estranha» por acharmos que é quase impossível acontecer.
Numa era de desportivos compactos, o GTI não tem a vida facilitada. Enquanto que antigamente o GTI apenas se tinha de preocupar com ele próprio (numa fase inicial), atualmente e quando este MK7,5 saiu, a concorrência era bastante. Hyundai I30N, Megane RS, Leon Cupra, entre outros, todos eles mais potentes que o Golf GTI. Mas mais do que potência e valores de retoma e capacidades dinâmicas, quem adquire um GTI atualmente fá-lo pela história e pela paixão que tem pela cultura das três letras. O MK7,5 GTI trás consigo uma importância histórica como qualquer outra geração, mas que nos dias de hoje ganha ainda mais importância devido às restrições poluentes e ao possível declínio dos motores de combustão. Embora a Volkswagen já tenha um Golf GTE (basicamente um GTI amigo do ambiente), a história do GTI conforme a conhecemos pode estar para terminar.
Com a ajuda preciosa do Bruno Arranhado da Type Talks, fizemo esta sessão fotográfica não só para celebrar a nova parceria que estabelecemos com a NineOne Clothing como também para honrar uma das mais conhecidas e históricas siglas do mundo. Enquanto as marcas são obrigadas a controlarem os seus modelos de combustão e a introduzir cada vez mais a eletricidade como meio de subsistência dos seus modelos, existem ainda modelos que nos transportam para o passado, para a altura em que o cheiro a gasolina era importante, em que o som dos motores e escapes nos faziam adivinhar que carro iria surgir atrás da esquina. Uma era visceral, mecânica, una com o condutor. O passado é importante para que não esqueçamos tudo o que já aconteceu e em especial, para darmos valor ao futuro. Mas nos automóveis, esse futuro é estranhamente incerto. Mas se ficaram «deprimidos» com estas palavras, têm duas coisas a fazer: ver o vídeo que a Type Talks fez numa espécie de behind the scenes e a seguir passar no site da NineOne para gastarem um pouco da vossa conta bancária (sem esquecer o código AWP para os 10% de desconto).